As centrais sindicais brasileiras convocaram, de
maneira unificada, uma Greve Geral para 14 de junho.
A pauta central da Greve Geral será a defesa do
direito de aposentadoria e o repúdio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
6/19, da Reforma da Previdência.
A convocação da Greve Geral ocorreu durante o ato
do Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores, em São Paulo (SP). Pela
primeira vez, todas as centrais sindicais organizaram um ato unificado de 1º de
maio na capital paulista. Mais de 200 mil pessoas foram à manifestação, no Vale
do Anhangabaú.
Os trabalhadores presentes no ato fizeram uma
votação simbólica de apoio à deflagração da Greve Geral contra a Reforma da
Previdência.
A orientação das centrais é que, a partir de agora,
a mobilização comece a ser construída nas bases das mais diversas categorias. O
objetivo é que, no dia 14 de junho,
sejam paralisados todos os locais de trabalho, estudo, comércio, bancos e
circulação de mercadorias.
O país precisa que o governo cobre os devedores do
INSS, pare de pagar a Dívida Pública e entregar dinheiro para banqueiros. Querem
acabar com a aposentadoria, com o futuro dos nossos filhos, para entregar
dinheiro para os bancos. Por isso, afirmamos, não tem negociação com essa
reforma. Precisamos ampliar nossa mobilização e derrotar essa reforma na
íntegra. É o nosso direito e das futuras gerações que está em jogo nesse
momento crucial.
O SINDSEP não foge a luta! Participamos ativamente das
manifestações contra os cortes de verbas da educação dias 15 e 30 de maio e
vamos continuar mobilizados. Para tanto, realizamos uma assembleia geral no dia
30 de maio, onde foi aprovada a adesão à GREVE GERAL DIA 14 DE JUNHO.
Tire
a mão da minha aposentadoria!
CARTA AO POVO DO ARARIPE
Nós, Sindicatos dos Trabalhadores
Rurais da Região do Araripe, FETAPE-Federação dos Trabalhadores Rurais
Agricultoras/es Familiar do Estado de Pernambuco, MPA-Movimento dos Pequenos Agricultores, SINASEFE IF Sertão PE, CAATINGA – Centro de Assessoria aos Trabalhadores/as e Instituições Não
Governamentais, SINDSEP-Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de
Ouricuri, FORUM DE MULHERES DO ARARIPE, CEBs, MST, SINTEPE, Lideranças
Partidárias, compreendendo o processo de desmonte de direitos conquistados
pelos trabalhadores e trabalhadoras, considerando os desafios atuais que
resulta no aumento das desigualdades, injustiças, desemprego, exclusões e
violência contra os povos.
Dirigimo-nos ao povo da Região do Araripe para destacar
o aumento do desemprego, diminuição dos salários,
retirada de direitos trabalhistas, precarização do trabalho, corte de políticas
de proteção social e de renda mínima como o bolsa família, paralisação dos
programas de moradia, de defesa dos direitos das mulheres e da juventude,
cortes na saúde, cortes na educação pública e brutal ataque à previdência social como principais
consequências socioeconômicas da agenda ultraliberal implementada pelo governo
de Jair Bolsonaro.
Em
função dessa realidade os sindicatos, federações, movimentos populares,
organizações não governamentais do Araripe se organizam e lutam:
1. Contra a reforma da previdência, que ataca especialmente as mulheres,
os agricultores e agricultoras, servidores e servidoras públicos. Defendemos a manutenção
do sistema de previdência pública de caráter solidário e o direito à
aposentadoria que garante a movimentação econômica no
município, hoje 70% dos municípios tem a maior renda vinda da previdência
social, isso significa que é mais recurso que fundo de participação dos
municípios.
2. Em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, em todos os
níveis, para toda a população, destacando a importância da educação e das
escolas do campo;
3. Em defesa do SUS, por uma saúde pública, gratuita e de qualidade que
atenda a todas e todos;
4. Pelo direito ao trabalho decente, salário, renda, emprego, renda mínima
cidadã e contra a precarização do trabalho;
5. Contra a liberação dos agrotóxicos já banidos em outros países e em
defesa das políticas socioambientais que garanta o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida;
6. Contra o fechamento do MDA e extinção do Conselho Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional, defendemos políticas agrícolas como seguro safra e programa
nacional de fortalecimento da agricultura familiar que é fundamental para a permanência
do agricultor e da agricultura no campo produzindo de forma saudável;
7. Contra o retrocesso nas políticas públicas duramente conquistadas pela
classe trabalhadora; e
8. Contra a violação dos direitos humanos, contra a violência, a liberação
da posse e porte de armas, o racismo, o machismo, a incitação ao ódio e todas
as formas de intolerância.
Nesse sentindo, reafirmamos nosso
compromisso na luta pela construção de uma sociedade justa, igualitária e
democrática. Conclamamos o povo de Ouricuri e Região para se somar na Greve Geral que acontecerá no dia 14 de
junho contra o desmonte das políticas públicas e retirada de direitos.
Ouricuri-PE, Junho de 2019