O SINDSEP enviou Ofício
nº. 112/2016, no dia 26 de outubro de 2016, à Câmara
Municipal de Ouricuri, solicitando dos vereadores o VOTO SIM ao Projeto de Lei nº. 016/2016, oriundo do Poder Executivo Municipal,
que altera o sistema previdenciário de Ouricuri e dispões sobre a segregação de
massas.
No entendimento do Sindicato o PL vai resguardar as contribuições previdenciários dos novos servidores com o advento do concurso público recentemente realizado. Pretende-se separar as contribuições dos novos servidores em uma conta específica no Banco do Brasil, administrada em conjunto FUNPREO-BB, sem a ingerência da Prefeitura.
Esses recursos ficarão reservados exclusivamente para pagamentos dos benefícios previdenciários. Para os atuais servidores não muda nada, o FUNPREO continuará dependendo da Prefeitura para efetuar os pagamentos dos benefícios previdenciários. Segundo o Gerente do FUNPREO, Sr. Deusdete Dias a Prefeitura deve atualmente mais de 20 milhões de reais ao Fundo e isso vem de várias gestões.
Para o SINDSEP o PL é uma boa saída para evitar o desvio dos recursos arrecadados dos novos concursados. Caso o projeto não seja aprovado, os mais de 120 mil reais das novas contribuições serão jogados no buraco do FUNPREO para tapar o rombo existente. Se aprovado segue para o Ministério da Previdência Social, em Brasília, que analisará a viabilidade do sistema. A Prefeitura deverá apresentar estudos que garantam a implantação do projeto e só então cumpridas as exigências, será autorizada a segregação de massas.
No que
se refere à lógica do modelo segregacionista, observe-se que essa fórmula
promove uma separação dos riscos envolvidos na gestão de cada massa,
possibilitando segurança e transparência na gestão dos recursos recolhidos.
É
público e notório as dificuldades financeiras enfrentadas pelo FUNPREO em face
da gestão inadequada dos seus recursos. Dessa forma, a solução é a segregação
de massas, consistente em Plano Financeiro destinado a permitir a separação da
parte da massa cujo desequilíbrio se revela temporária ou permanentemente não
recuperável, possibilitando-se ajustar-se de forma a que, com a instituição do
Plano Previdenciário, seja retomada e assegurada a premissa fundamental desses
regimes, qual seja, seu equilíbrio financeiro e atuarial, o qual se obtém,
dentre outros, por meio da aplicação de regime financeiro de capitalização
coletiva para os benefícios programáveis.
Pretende-se
criar dois planos, o Plano Financeiro e o Plano Previdenciário, cujo os
recursos devem ser separados, ficando vedadas quaisquer espécies de
transferências entre eles, conforme previsto na LRF.
Os
planos deverão, assim, ser avaliados, contabilizados e geridos em separado. Nesse
sentido, implementa-se a separação financeira dos recursos que deverão integrar
o Plano Previdenciário mediante a constituição de um FUNDO destinado à sua acumulação, cujo montante, assim segregado,
somente poderá ser utilizado para pagamento de benefícios dos segurados e
pensionistas abrangidos por aquele plano.
Diversos
Estados e Municípios estão adotando a segregação de massas como solução para o endividamento
dos fundos previdenciários. No entanto, a legislação deverá ser mudada e seguirá
para o INSS acompanhada de estudos técnicos. Somente depois de cumpridas as
formalidades, será autorizada a alteração no sistema previdenciário de
Ouricuri.
Em
relação ao aspecto político, o desejo de promover mudanças por parte de muitos
dos governantes, aliado à situação orçamentária e financeira por que passam
muitos Estados e Municípios, tem levado alguns desses mandatários a buscar
alternativas que possibilitem equilibrar suas respectivas contas e ampliar
investimentos.
A
lógica da iniciativa é simples: faltando dinheiro para a Administração tocar a
máquina pública e os projetos governamentais, por que não utilizar os recursos
acumulados no FUNPREO? Alguns prefeitos acabaram indo por esse caminho,
utilizando recursos previdenciários para custear despesas não previdenciárias,
o que provocou grande prejuízo ao FUNPREO e consequentemente aos servidores e
seus dependentes.
A proposta de
alteração para segregação da massa vai evitar esse desvio, pois os recursos
descontados dos servidores serão repassados diretamente para o fundo financeiro
na agência bancária e de lá só sairá para custear despesas previdenciária.
O SINDSEP apoia essa
iniciativa e pediu aos Parlamentares o voto SIM ao PL 016/2016 como caminho para a moralização do FUNPREO. Mas o Vereador Iran Severo pediu vistas do projeto na sessão do dia 1º de novembro, mesmo o PL estando na Câmara Municipal desde 26 de setembro, segundo ele para analisar melhor, porque a matéria era complexa e precisava de mais tempo para formar opinião.
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