No último
dia 04 de janeiro a Diretoria do Sindsep se reuniu com ex Presidente da
CUT e atual Dep. Federal Carlos Veras(PT) para tratar da pauta de
luta dos Servidores Públicos do município de Ouricuri para ano de 2020. Dentre
as diversas pautas debatidas (Retroativo salarial, Insalubridade dos
Servidores, Precatórios do FUNDEF...) na defesa dos direitos dos
servidores, o novo FUNDEB e os Precatórios do FUNDEF ganhou
centralidade na discussão. Carlos Veras reafirmou o compromisso de lutar em
defesa do pagamento de 60% do recurso dos precatórios para os Profissionais do
Magistério, e também se posicionou em favor de serem bonificadas as demais
categorias da educação. Para tanto, se dispôs em fomentar a discussão no
Congresso Nacional e provocar seus pares para juntos e juntas cobrarem
do STF urgência no julgamento do processo dos
Precatórios. Disponibilizou também sua Assessoria Jurídica para apoio e
fortalecimento da luta em defesa desse processo nos Tribunais Superiores e para
outras atividades paralelas que o Sindsep deseje construir nessa causa.
Na
oportunidade a Assessoria do Dep. Federal Carlos Veras agendou uma reunião com
Prefeito Ricardo Ramos em caráter de urgência , e mesmo com a
confirmação o gestor não compareceu, pois segundo ele(Ricardo Ramos) houve
atraso na sua agenda noutra atividade fora da cidade.
A diretoria do Sindsep expressou ao parlamentar a angústia por não ver realizado a curto prazo o sonho dos professores e demais trabalhadores da educação de receber esses recursos, tal qual como estava sendo esperado por centenas de servidores públicos do município, sendo que ainda ajudaria de forma direta e indireta a impulsionar a economia local.
É inaceitável que esta causa
tão cara a Classe trabalhadora não seja posta como prioridade pelas Instâncias
Superiores, pois são elas que detém o poder para resolver esse
embrolho.
A subvinculação das receitas do FUNDEF
para pagamento dos profissionais do magistério tem previsão legal:
"Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos fundos
serão destinado ao pagamento dos Profissionais do Magistério da
educação básica em efetivo exercício da rede pública" (Art.
22 da Lei Federal 11.494/07) e qualquer decisão divergente daquilo que
está assegurado na letra Lei, é GOLPE, por isso o
posicionamento do TCU contrário a subvinculação está
deixando educadores e demais trabalhadores da educação revoltados, tendo
em vista que inclusive já existe diversos municípios do Brasil que deu
direito aos servidores. Todavia, é indispensável que os Tribunais de
Contas fiscalize com afinco e presteza a aplicação desse recurso, mas com a
finalidade de coibir o mal usou do dinheiro por parte de gestores
mal-intencionados, e nunca para prejudicar os trabalhadores.
Foi discutido também o
risco iminente de extinção da principal fonte de financiamento da educação
básica(Fundeb), que se dará em 31 de dezembro/2020.
A
educação é direito constitucional e precisa de uma política de estado que
garanta recursos permanente e amplo para assegurar o acesso de educandos desde
a creche escolar até a universidade.
Há três
projetos de Emenda Constitucional em tramitação no Congresso Nacional com a
finalidade de substituir o Fundeb. O mais avançado é a PEC 15 que já foi
debatido intensamente em mais de 50 audiências públicas, e que defende o
aumento gradual dos repasses da União de 10% para 40%, num período de 10 anos,
além de incluir novas receitas ao Fundo, sobretudo as riquezas provindas da
exploração do petróleo, gás e minérios.
O atual Ministro da Educação mostrou-se contrário a PEC, e defende que o
percentual máximo de participação da União seja de apenas 15% e que seja
concedido de forma gradual e com exigência de cláusulas de desempenho para que
gestores sejam beneficiados.
“Estamos abertos ao diálogo com o parlamento, respeitamos
o parlamento. Falando em nome do Ministério da Economia e do governo federal, a
proposta não está alinhada com o equilíbrio fiscal, a solvência fiscal a longo
prazo do país”, disse Abraham Weintraub.
Diante
desses tempos de retrocessos de direitos, ataques ao pensamento científico e
profundo obscurantismo, cabe a nós educadores, educandos e toda sociedade se
manter vigilante e dispostos intensificar as mobilizações em defesa da educação
para eu seja assegurado a aprovação de uma proposta que garante FUNDEB
permanente, mais redistributivo e com maior complementação da união.
O
desenvolvimento de um país é reflexo do quanto se investe na educação de seu
povo.
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